O elo entre o fracasso e o sucesso de uma empresa está na sua gestão financeira.
Responsável pela organização do dinheiro que circula e por tomar decisões que causam impacto em todos os setores, o ato de realizar controles das finanças já faz com que a empresa caminhe mais rápido para o sucesso.
Parece óbvio que é preciso ter o máximo de controle sobre o que entra e sai, os custos fixos e variáveis além dos investimentos, mas muitos empreendedores se perdem no assunto e acreditam que basta deixar fluir que tudo vai dar certo. E quase sempre não vai. Contar com a sorte é uma das maiores armadilhas para um empreendedor e pode ser definitiva para o fracasso do empreendimento.
Aprendendo com os erros
Todas as metas e projetos da empresa passam pela área das finanças, assim como contratações, aquisições de materiais, investimentos e marketing. Com seu controle adequado, os funcionários se sentem seguros, assim como os investidores e até mesmo os clientes, que recebem na forma de qualidade o resultado de uma boa gestão financeira.
Não é nada fácil saber gerir finanças, principalmente para empreendedores que são focados em sua expertise, mas desconhecem administração e contabilidade. Nesses casos, o mais indicado é saber delegar a um profissional experiente e qualificado.
Abaixo listamos os quatro erros mais comuns da gestão financeira, que podem ajudar muito a modificar velhos e equivocados hábitos, para uma oxigenação da ferramenta.

1 – Não saber corretamente o desempenho da empresa
Quando o empreendedor não sabe se sua empresa tem lucro ou prejuízo, é hora de mudar seu foco de ação. Em muitos casos há apenas o registro de ganhos e gastos, mas não há uma análise sobre as informações anotadas. O mais comum é fazer um calculo apenas com a diferença entre receitas e despesas, desconsiderando vendas, valor do estoque, dívidas, custos, despesas e impostos.
É preciso saber o quanto a empresa lucrou de fato nos últimos anos, meses e até semanas, como forma de analisar sua capacidade de expansão e crescimento ou de retração e cortes. A ignorância sobre o valor do lucro real também se reflete no valor patrimonial da empresa, sem saber quanto vale todos os bens e produtos que ela possui. Sem essa informação, não é possível saber se ela está ampliando seu valor patrimonial ou diminuindo.
Na prática, tudo que entra e sai da empresa deve ser registrado. Da folha de pagamento até material de limpeza, só assim é possível encontrar gargalos de gastos e reequilibrar as finanças.
2 – Misturar as finanças pessoais com a da empresa
É um erro clássico de pequenos negócios: Misturar as finanças pessoais com as da empresa. Alguns empreendedores pagam suas contas no mesmo banco e sistema da empresa, fazem retiradas fora da data de pagamento ou o contrário, pagam impostos e fornecedores com sua conta pessoal e cartão de crédito.
Não é nada saudável essa mistura, já que os cálculos se perdem e geram confusão e desencontro de informações. O correto é ter um pró-labore com retiradas fixas mensais e não tocar nos valores recebidos da empresa.
3 – Preço errado dos produtos
Quando há um descontrole sobre as finanças da empresa, é comum que ela não saiba dar o preço correto do seu produto ou serviço. O mais comum é fazer um cálculo baseado na média da concorrência, ignorando todos os valores que o envolveram. Desse modo não é possível identificar o lucro e o prejuízo da venda, assim como melhorar a produtividade da empresa, buscar novos fornecedores e preparar promoções.
4 – Falta de controle de estoque
A falta de controle da gestão financeira tem um efeito em cascata sobre todos os setores da empresa. Um deles é o estoque, local onde há um patrimônio de dinheiro não circulante e que precisa ser muito bem organizado para o pleno desenvolvimento do negócio.
É preciso manter tudo rigorosamente registrado, como data de entrada dos produtos, valores e prazos de validade, para mensurar e minimizar desperdícios. O estoque precisa de um equilíbrio logístico onde haja uma boa quantidade do produto para atender a demanda dos clientes, porém com cuidado para evitar perda de validade, altos custos de armazenagem e um melhor aproveitamento de promoções e descontos dos fornecedores.